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Rainha das Rosas
Atualizado em: 02/08/2025 às 15h03
Rainha das Rosas de 1969 - Carmen Baêta
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Mariane Pacheco 1968

Carmen Baêta

2ª Rainha das Rosas de Barbacena - 1969

A Rosa do Celeiro de Minas

Em 1969, Barbacena exportava diariamente para a capital mineira, Belo Horizonte, em média 180 mil flores entre antúrios, cravos, palmas e especialmente rosas, que eram as primeiras em tamanho e durabilidade no Brasil. A floricultura passara a ser um dos mais rentáveis meios de vida na cidade, chamando a atenção de grandes veículos de comunicação, como a revista “O Cruzeiro”, e enaltecendo o município não só com o título de “Cidade das Rosas”, mas também como a capital brasileira da Rainha das Flores.
 
No mês de outubro, dando continuidade ao projeto que começara no ano anterior, a Prefeitura Municipal de Barbacena, através de seu Departamento de Turismo, chefiado pela Doutora Izar Bias Fortes, realizou a segunda edição da Festa das Flores, e da mesma forma que acontecera em 1968, a Rainha dos Estudantes seria coroada, também, como a Soberana das Rosas de Barbacena.
 
Se o município de Simão Tamm Bias Fortes detinha o título de “Cidade das Rosas”, há cerca de 30 Km de distância Barbacena tinha como vizinho o “Celeiro de Minas”, título conquistado pela cidade de Carandaí por ser, na época, o maior horticultor do estado, e foi das terras do então prefeito Pedro Amaral que veio a segunda jovem a ser coroada Rainha das Rosas: Carmen Lúcia Costa Baêta.
 
Estudante do Colégio Estadual “Professor Soares Ferreira”, com 16 anos, Carmen morava em Carandaí com seus pais e só vinha até Barbacena para a realização de seus estudos no ensino secundário (2º Grau) clássico, saindo todos os dias de sua cidade natal às 17h40, de ônibus, e retornando somente após o encerramento das aulas do dia, uma vez que Carandaí não possuía aquela modalidade de ensino. Dessa forma, na época da eleição da Rainha dos Estudantes, ela era muito amiga dos membros do Grêmio Estudantil do Colégio Estadual, e após ser convencida por eles, acabou aceitando o desafio e, juntamente com outras candidatas, esteve de sala em sala se apresentando e sendo eleita a representante daquela instituição para o concurso que elegeria a soberana dos discentes da cidade. De acordo com a própria Carmen, alguns amigos disseram que ela foi eleita a representante do Colégio Estadual por conta de seu sorriso cativante e simpatia.
 
Durante um baile realizado no Clube Barbacenense, com direito a grande torcida de seus amigos de escola, Carmen Lúcia, trajando um vestido costurado pela própria mãe, foi eleita Rainha dos Estudantes de 1969, título que trazia consigo, de acordo com a regra da Festa das Flores, a coroa de Rainha das Rosas de Barbacena. A noite teve direito a valsas com o então diretor do Colégio Estadual, o renomado advogado Fernando Victor de Lima e Costa e com o prefeito de Barbacena, Simão Tamm Bias Fortes.
 
No dia seguinte, o mesmo Simão Bias Fortes realizava a cerimônia de coroação com a mesma Carmen Lúcia, que recebeu, também, a faixa de sua antecessora, Mariane Pacheco. A nova rainha, como foi estabelecido pelas regras do evento, desfilou com sua coroa de rosas naturais em carro alegórico ricamente enfeitado com flores através do Parque de Exposição “Senador Bias Fortes”, em um evento que contou com a participação de ginastas do Colégio Estadual “Professor Soares Ferreira” e da fanfarra do Colégio Agrícola da cidade de Machado (MG) e que foi aplaudido pelos cidadãos barbacenenses e por turistas.
 
Carmen Lúcia, a Rainha das Rosas de 1969, assim como sua antecessora, não era nascida em Barbacena, mas seu título destacava uma outra característica da cidade, que em outros tempos lhe rendera a alcunha de “Atenas Mineira”, de se destacar como um importante polo e centro de referência para o desenvolvimento da educação na região, afinal, se a jovem não se deslocasse de Carandaí até a Cidade das Rosas para o complemento de seus estudos, jamais teria sido eleita rainha. Carmen se lembra com carinho do acolhimento que a cidade lhe proporcionou e, atualmente morando no Rio de Janeiro, destaca que sempre vê nas ruas da capital carioca algum vendedor de flores oferecendo em sua barraquinha as “flores de Barbacena”.
 
Carmen Lúcia Costa Baêta, a Rainha das Rosas que nunca morou em Barbacena,  formou-se em Letras, atuando como professora, bancária e vendedora, e hoje se encontra aposentada. Lembrando sempre com carinho do tempo em que representou a “Cidade das Rosas” como uma de suas rainhas, tem dentre suas relíquias, a faixa que recebeu, em branco e vermelho, das mãos de Mariane Pacheco, pedaço da história que foi conservado pelo cuidado e zelo de sua mãe.


 

Fonte: “O Reinado da Rosa: A História das Rainhas de Barbacena”, Isabella Paulucci & Thiago Rossi.

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