Incluída no calendário turístico da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur), em 1979 a Festa das Rosas de Barbacena completava suas Bodas de Aço, chegando a sua décima primeira edição sendo promovida pela Secretaria de Expansão Econômica e Turismo de Barbacena, com o apoio da Uniflor, Lions Club, Rotary Clube e Rotary Club Monte Mário, Núcleos de Intercâmbio Cultural e Social (NICS), Diretório Acadêmico (DA) da Faculdade de Medicina de Barbacena e Clube de Diretores Lojistas (CDL), sendo realizada nos dias 12, 13 e 14 de outubro, no Parque de Exposições “Senador Bias Fortes”.
Apesar das contenções de despesas realizadas pela Prefeitura Municipal, o Poder Executivo, juntamente com a parceria de clubes sociais e empresas privadas conseguiu promover o evento que naquele ano contou com a apresentação do Circo do Bolinha, em homenagem às crianças, Feira do Artesão e também do grupo de ritmistas do Plá. Cada clube de serviço ofereceu ao público barracas com diversos tipos de refeição, entre pratos mineiros, portugueses e lanches em geral.
No dia 13, o Olympic Clube, no Centro da cidade, foi mais uma vez palco do Baile das Rosas, onde 24 jovens almejavam o título máximo da festividade: a coroa de Rainha das Rosas. Com a presença do prefeito Vicente Araujo e outras autoridades, a festa foi embalada pelo som da banda belorizontina “Pendulum”.
O desfile foi realizado com a apresentação das candidatas em conjunto e, logo depois, separadamente. Após um intervalo de alguns minutos, para que a mesa dos dez jurados selecionados pudesse definir a votação, foi fornecido o resultado: a representante do Colégio São José – Promove, a jovem Lélia Mara Ribeiro Paiva, de 14 anos, foi eleita a Rainha das Rosas 1979. A nova Soberana, em seu discurso, como registrado pelo Jornal Cidade de Barbacena de 22 de outubro de 1979, confessou se sentir muito feliz em ter participado da Festa das Rosas: “foi para mim grande surpresa, uma experiência maravilhosa. Fiquei agradecida à muita gente que me ajudou, à Uniflor, ao Clube dos Diretores Lojistas, a todos, inclusive meus pais, que me ajudaram muito.”. Segundo a mesma publicação, quando perguntaram se ela já tinha desfilado antes, Lélia respondeu que foi a primeira vez e o que mais gostou foi do público, “daquela gente toda.”.
No dia 14, domingo, último dia do Festival das Rosas, foi realizado o tradicional desfile dos carros alegóricos no Parque de Exposições “Senador Bias Fortes”, onde seis veículos, belamente trabalhados e patrocinados pelas firmas do comércio e indústrias de Barbacena, desfilaram sob aplausos do público, com a Rainha e suas princesas.
O palco foi muito bem ornamentado com flores da cidade e recebeu a Rainha e as Princesas que desceram dos carros alegóricos. Houve também a presença da Banda de Música do 9º Batalhão da Polícia Militar. Um avião, contratado pelos patrocinadores, sobrevoou o local e jogou rosas no Centro do gramado do Parque, onde encontrava-se armado o palanque oficial de coroação da Rainha das Rosas.
Antes da coroação a Rainha e as Princesas realizaram um desfile para a apreciação de todo o público presente, no palanque. Em seguida o prefeito Vicente Araújo coroou a Rainha das Rosas 1979, Lélia Mara Ribeiro Paiva, que se mostrou muito emocionada, agradeceu a todos e disse que todas as suas colegas de concurso poderiam também ser rainha, e acrescentou “transfiro minha alegria a todas”.
Infelizmente Lélia Mara Ribeiro de Paiva, que havia se tornado fisioterapeuta, faleceu em maio de 2000, em Belo Horizonte. Em grego, a palavra “aiónios” significa eterno, por isso a Rainha das Rosas de 1979 será sempre a Rosa Aiónios das Vertentes, transferindo sempre a sua alegria a todos que fizeram, fazem e farão parte da Festa das Rosas.
Fonte: “O Reinado da Rosa: A História das Rainhas de Barbacena”, Isabella Paulucci & Thiago Rossi.