O Março Lilás chega como um importante alerta para a prevenção do câncer de colo do útero, um dos tipos mais comuns da doença entre as mulheres brasileiras. Em 2024, estima-se que mais de 17 mil novos casos sejam registrados no país, e mais de 90% deles estarão relacionados à infecção persistente pelo HPV (Papilomavírus Humano).
O HPV é uma doença sexualmente transmissível (DST) altamente comum, com mais de 200 tipos identificados. No entanto, os subtipos 16 e 18 são os mais perigosos, sendo responsáveis pela maioria dos casos de câncer do colo do útero em todo o mundo. O vírus pode causar alterações nas células, que, se não tratadas, podem evoluir para um quadro cancerígeno.
Uma das principais formas de prevenção contra o HPV e suas complicações é a vacinação. Em Barbacena, a vacina está disponível gratuitamente no Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), localizado no bairro Boa Vista, no novo espaço CTA/SAE para pessoas com condições clínicas especiais (vivendo com HIV/Aids, transplantados, pacientes oncológicos e imunossuprimidos, usuários de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), pessoas portadoras de papilomatose respiratória recorrente (PRR) e vítimas de violência sexual de 15 a 45 anos) e em todas as unidades básicas de saúde e Central de Vacinas para meninas e meninos de 9 a 14 anos.
De acordo com o Programa Nacional de Imunizações (PNI), o esquema vacinal para HPV compreende:
- Meninas e meninos de 9 a 14 anos (14 anos, 11 meses e 29 dias) → Dose única.
- Pessoas de 9 a 45 anos com condições clínicas especiais (vivendo com HIV/Aids, transplantados, pacientes oncológicos e imunossuprimidos) → Três doses (0, 2 e 6 meses), sendo necessário prescrição médica para comprovação da condição e vacinação.
Conforme NOTA TÉCNICA Nº 41/2024-CGICI/DPNI/SVSA/MS está orientado a realização de estratégia de resgate de adolescentes de 15 a 19 anos, que tenham perdido a oportunidade de se vacinar anteriormente contra o HPV. Esses adolescentes podem procurar a unidade de saúde mais próxima para atualização do cartão vacinal.
Além da vacina, a prevenção do câncer de colo do útero passa também pelo exame preventivo (Papanicolau), uso de preservativos e acompanhamento ginecológico regular.
A campanha Março Lilás reforça a necessidade de conscientização sobre o câncer de colo do útero e a importância de adotar medidas preventivas. O diagnóstico precoce e a imunização são as principais formas de reduzir os casos da doença e proteger a saúde das mulheres.
Com informações do Hospital Tacchini - Bento Gonçalves e Secretaria de Estado de Saúde