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Rainha das Rosas
Atualizado em: 02/08/2025 às 15h40
Rainha das Rosas de 1976 - Rosangela Milagres
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Mariane Pacheco 1968

Rosangela Milagres

9ª Rainha das Rosas de Barbacena - 1976

A Rosa Flor da União

Com 89 plantadores filiados à Uniflor, em 1976 Barbacena era a única cidade no Brasil que exportava rosas para o exterior e, naquele ano em específico, vendeu mais de 2,6 milhões de botões da flor principalmente para a Europa e Estados Unidos. A área de cultivo chegava a 200 hectares, com 10 mil pés de rosas.
 
Na época, os produtores se uniram no desenvolvimento de novas variedades de rosas, ação necessária, uma vez que em outubro e novembro as vendas sofreram uma queda, devido a chegada do verão no hemisfério norte, que alavancou a produção de flores naquela região. Além disso, a cooperativa também se uniu contra o corte no subsídio dos adubos por parte do Governo Federal, que impactou diretamente a produção.
 
Em meio a toda atividade floricultora da cidade, o senhor Levy Milagres recebeu o convite de três entidades diferentes que gostariam que sua filha, Rosângela do Carmo Milagres, representasse no desfile do Baile das Rosas. Entusiasmado, levou a notícia e os convites para casa. Diante da empolgação paterna e da nítida vontade do pai em participar da festa, Rosagela optou por representar o (Núcleo de Intercâmbio Cultural e Social (NICS).
 
Naquele ano a Festa das Rosas aconteceu em conjunto com a Festa das Nações, sendo realizada entre os dias 8 e 10 de outubro, no Parque de Exposições "Senador Bias Fortes". A tradicional Festa das flores foi promovida pela  Prefeitura Municipal, Uniflor e Clube dos Diretores Lojistas, enquanto a Festa das Nações estava a cargo do Rotary Club Barbacena - Monte Mário, com a participação do Lions Clube, Câmara Júnior de Barbacena, Rotary Clube Barbacena e NICS.
 
As festividades contaram com barracas com músicas, apresentação do conjunto “Os Intocáveis” e “Ampli-Sound”, festival de bandas, show de seresta apresentando Alcides Gerardi, José Costa, Marion Duarte, Jairo Aguiar e Mário Benny e, no dia 9, o tradicional Baile das Rosas realizado no Olympic Clube, onde entre 27 candidatas esbanjando juventude e graciosidade, a jovem Rosangela Milagres foi eleita Rainha, para alegria máxima de seu pai.
 
Às 14h do dia seguinte, a nova Soberana das Rosas foi coroada pelo então prefeito José Eugênio Dutra Câmara e recebeu a faixa de sua antecessora, Marisa Dias Resende, diante de um tapete de rosas confeccionado no centro do gramado pelo senhor Jorge Veludo. Logo após, a nona Rainha as Rosas de Barbacena desfilou em um dos seis carros alegóricos ricamente ornamentado com flores, pelo Parque de Exposições, que naquele dia contabilizara a presença de cerca de 20 ônibus de turistas.
 
Hoje médica e PhD em Nefrologia, Rosangela reside em Belo Horizonte, é professora universitária e mãe de dois filhos e diz que sempre  se questiona  sobre a relevância  das conquistas,  que  a  seu  ver,  encontram  sentido  apenas  no  servir e ressalta que a "beleza  e  os  títulos  precisam  transcender  a  superficialidade  e  o momento  em  si. Frutificar  é  mandatório!".
 
O ano de 1976 trouxe uma série de uniões: os floricultores unidos na busca por melhores condições de dar continuidade ao seu trabalho; as instituições promotoras da Festa das Rosas, unidas com clubes sociais que promoveram a Festa das Nações, evento este que buscava a união de culturas tão distintas e ao mesmo tempo complementares; e a união de pai e filha. Aliás, o nome Levy vem do hebraico e Lewi e significa "ligado", "unido" ou "vinculado a alguma coisa ou alguém", o que pode-se colocar o orgulhoso pai da Rainha Rosangela como uma das principais figuras da Festa das Rosas daquele ano, não só pela simbologia que seu nome e atitudes diante da festa carregam, mas também pela relevância que ele teve para a eleição da soberana da época.
 
Rosangela, aliás, lembra que a enorme satisfação de Levy, em vê-la Rainha das Rosas, era brincadeira constante entre eles. E que o fato mais curioso foi constatar a alegria genuína no rosto do pai, tanto no anúncio do resultado quanto durante os eventos dos quais ela participou ao longo do ano. "Só por isso, já teria valido cada minuto!", observa ela sobre a conquista do título e o orgulho do pai.
 
A barbacenense ainda deseja, de coração, que "a cidade encontre a sua verdadeira vocação e que desse encontro muitos frutos de bem-estar social surjam, se multipliquem e favoreçam   a vida de todos os barbacenenses.".


 

Fonte: “O Reinado da Rosa: A História das Rainhas de Barbacena”, Isabella Paulucci & Thiago Rossi.

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